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8 de março de 2020

Especial: Dia das Mulheres - Filmes sobre mulheres fortes

Primeiro filme: Estrelas além do tempo

Foto de Divulgação do Filme "Estrelas além do tempo"

O filme “Estrelas além do tempo” é passado no auge da corrida espacial travada entre Estados Unidos e Rússia durante a Guerra Fria, dentro desta realidade uma equipe de cientistas da NASA, formada exclusivamente por mulheres afro-americanas, provou ser o elemento crucial que faltava na equação para a vitória dos Estados Unidos, liderando uma das maiores operações tecnológicas registradas na história americana e se tornando verdadeiras heroínas da nação.

A NASA, nesta época vivia uma situação de segregação, onde mulheres negras eram contratadas por causa da reivindicação de sindicatos dos trabalhadores negros. O local de trabalho era dividido em lado oeste (mulheres negras) e lado leste (mulheres brancas). Ao verificar como o sujeito se constitui nesse espaço, é preciso destacar a desigualdade de oportunidade entre negros e brancos, homens e mulheres.

Como é retratado no filme, para o lançamento do homem no espaço, foi preciso haver renúncia dos homens e mulheres brancos com relação às mulheres negras. Isto desencadeou uma luta dividida em: gênero (luta contra uma sociedade patriarcal), e racial (derrubar o discurso apelativo em torno da cor de sua pele). Essa luta foi necessária para que essas mulheres pudessem legitimar o discurso defendido por elas, ou seja, para que pudessem demonstrar os seus saberes matemáticos, não apenas calcular e assinar os nomes dos engenheiros e depois serem impedidas de ter acesso a informações das pesquisas e até mesmo de participar em reuniões e sustentar as suas falas.

Por serem mulheres, elas eram colocadas em um patamar de inferioridade em relação aos homens que trabalhavam e tinham a mesma formação. Porém, um fator as colocava em uma situação mais subalterna, a cor de sua pele – ser mulher e negra fazia com que elas fossem silenciadas pelos outros (mulheres e homens brancos) com os quais elas dividiam espaço. A história desse filme poderia ser apenas uma ficção, mas a história de Dorothy, Mary e Katherine é baseada em uma história real e retratada no livro “Estrelas além do tempo”, escrito por Margot Lee Shetterly.

Segundo filme: Mary Shelley
A história de uma escritora a frente de sua época com uma vida cheia de tragédias e aventuras.

Capa do Filme "Mary Shelley"
Mary Wollstonecraft Shelley nasceu em Somers Town, em Londres, no dia 30 de agosto de 1797. Filha do filósofo William Godwin e da escritora Mary Wollstonecraft. Em 1814 quando estava com 17 anos conheceu o poeta Percy Bysshe Shelley e logo se apaixonaram. Mary Shelley tinha uma visão liberal do casamento e do amor. O pai, e a sociedade em geral, se opuseram a esse relacionamento. No entanto, os amantes fugiram para Paris na companhia de Claire, meia-irmã de Mary 

O casal teve um relacionamento baseado no interesse mútuo pela literatura e pelo mundo das ideias. No entanto, muitas vezes Percy tinha que se ausentar para evitar seus credores.Essas separações eram uma fonte de angústia para Mary, que engravidou em 1814. Seu parceiro, Percy, flertava abertamente com sua meia-irmã. Ele também teve um filho com sua esposa na mesma época. Mary deu à luz em fevereiro de 1815, mas sua filha morreu antes de completar um mês. Isso a mergulhou em uma forte depressão.

Em 1816 a primeira esposa de Percy foi encontrada morta em um lago. Depois da morte misteriosa de Harriet, que nunca foi esclarecida, Percy e Mary se casam. Nesse mesmo ano, passam um feriado em Genebra, na Suíça, onde tiveram noites interessantes com Lorde Byron, o grande poeta, que, além disso, havia tido um filho com a meia-irmã de Mary. Essas noites inspiraram Mary, que escreveu, com 19 anos, a história "Frankenstein", após sonhar com o seu enredo. 

Teve outros dois filhos com Percy. Posteriormente, foram para a Itália, onde levaram uma vida nômade. O filho mais velho do casal morreu em 1818, seguido da morte da irmã mais nova um ano depois. Mary se mostrava deprimida e doente quase o tempo todo. No entanto, em 1819 teve um quarto filho, que foi o único que sobreviveu.

Em 1822, durante a viagem de volta a bordo de um veleiro, Percy morreu afogado. Mary pediu que seu corpo fosse cremado, mas solicitou antes que seu coração fosse retirado. Então, ela e seu filho Percy Florence retornaram à Inglaterra.
De volta a sua terra natal completou sua obra mais famosa. Frankenstein é a história de um jovem de 17 anos chamado Victor Frankenstein. Estudante de ciências naturais que construiu uma criatura horrenda, em seu laboratório. Ao despertar para o mundo, o monstro encontra dificuldades para viver com os humanos, pois é rejeitado por todos. Numa fuga, ela mata o irmão de seu criador Victor e incrimina a empregada Justine. O Frankenstein exige que Victor crie uma criatura do sexo feminino para acompanhá-lo, caso contrário, provocaria acontecimentos desastrosos.

A primeira edição da obra foi publicada anonimamente em 1818. Os críticos não receberem muito bem a obra. A história fez sucesso com o público, especialmente depois que foi adaptado para o teatro. A montagem mais antiga de Frankenstein data de 1823, em Londres. O romance foi considerado um clássico do estilo gótico romântico, que influenciou muitos escritores do século XX.
Mary Shelley faleceu em Chester Square, Londres, no dia 1 de fevereiro de 1851, vítima de um tumor cerebral. Após a sua morte, verificaram sua mesa de trabalho, em uma das gavetas, encontraram o coração de seu marido envolto em um papel de seda que continha um de seus poemas, junto com parte de suas cinzas. Além disso, havia mechas de cabelo das três crianças falecidas. 
Shelley também escreveu novelas que fizeram algum sucesso na época, entre elas: “Matilda” (1819), “Valperga” (1823), “The Last Man” (1926), “The Fortunes of Perkin Warbeck” (1830), “The Last Man” (1826), e as novelas “Lodore” (1835), “Falkner“ (1837) e “The Mortal Immortal” (1833).


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