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8 de novembro de 2019

México: A terra da morte vívida

Fonte: Wikipédia.org
O México, oficialmente conhecido como Estados Unidos Mexicanos, é localizado na América do Norte e um dos maiores países da América Latina. Tendo influência de diversas culturas ao longo do tempo, essa nação construiu uma das culturas mais ricas do mundo, com traços de povos nativos, europeus e diversos imigrantes. Conhecer mais sobre esse país é adentrar em um mundo cheio de festas, povos fascinantes e diversas celebrações, sejam elas tanto para a vida quanto para a morte.

Uma breve história do México
A história do México nos leva de volta à época das tribos pré-colombianas, que  desenvolveram fascinantes civilizações. As mais famosas são a dos Olmecas, Maias e Astecas. 

Os Astecas construíram grandes cidades, sendo Tenochtitlán a mais famosa delas. Nesse período também ocorreu a construção de diversos templos, pirâmides e centros urbanos. Após a conquista espanhola, Tenochtitlán deu origem à Cidade do México. 

Depois da chegada dos espanhóis, o México começou a se transformar. Com doenças trazidas da Europa, os nativos decresceram em população. Logo, a cultura hispânica foi difundida, assim como a religião Católica e a língua espanhola. 

Grande parte das tradições, arquitetura e identidade mexicanas foram criadas durante o período colonial. Desde então, o chamado território da “Nova Espanha” ganhou seu formato atual. 

Em 16 de setembro de 1810, o México se declarava independente e, após diversas revoluções e transições de poder, o Estado Mexicano se consolidou da forma como o conhecemos hoje.


Chichén Itzá, antiga cidade da civilização maia.
Imagem: Wikipedia.org


A cultura mexicana: religião, costumes e culinária

A cultura mexicana é resultado da integração da cultura espanhola à cultura pré-colombiana. Assim, os elementos linguísticos e religiosos foram impostos pelos colonizadores. A língua espanhola se tornou a mais difundida e o catolicismo também. No entanto, ainda estão presentes elementos nativos, como línguas indígenas, roupas e casas.

  Hoje, o catolicismo romano é a religião adotada pela maioria da população mexicana, cerca de 80%. Depois, aproximadamente 15% da população segue outros ritos cristãos. Apenas uma pequena fração dos mexicanos possui um culto não-cristão ou não possui religião.

A culinária mexicana também é um elemento fundamental da cultura desse país. Declarada como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, a cozinha do México apresenta uma enorme diversidade de ingredientes, temperos (que incluem as tradicionais pimentas) e receitas. 
Frida Kahlo, pintora Mexicana

Algumas das comidas tradicionais mexicanas incluem: Tortillas (massa feita à base de milho), Burrito (tortillas fechadas e recheadas), Taco (tortillas com formato de meia lua recheadas), Guacamole (purê de abacate com tomates, cebolas e temperos), Churros (massa frita polvilhada com açúcar e canela) e Tamales (massa de milho cozida e envolta em palha de milho).

Diversas personalidades mexicanas são muito presentes na história, como: Roberto Gómez Bolaños, ator do personagem “Chaves”; Frida Kahlo, artista e pintora; Miguel Hidalgo y Costilla, sacerdote responsável pelo início do processo de independência do México; Cantinflas, ator e comediante; entre muitos outros.

O Dia dos Mortos
A celebração do dia dos mortos é antiga, já acontecia até mesmo antes da chegada dos colonizadores no continente americano. Nesse período, era comum conservar crânios com o intuito de exibi-los como troféus durante os rituais do Dia dos Mortos, realizados por volta de agosto (o nono mês do calendário asteca).

O destaque da festa era a “A Dama da Morte”, divindade que teria inspirado a criação de “La Catrina”, caveira símbolo do evento atualmente. A personagem foi criada pelo cartunista José Guadalupe Posada, responsável pela consolidação da data no México. Suas obras são caracterizadas por imagens de caveiras atuando como pessoas comuns.

O prestígio dos crânios humanos na celebração é profunda e está presente desde a decoração até o vestuário. Algumas cidades organizam concursos de fantasia para eleger quem se veste melhor de “La Catrina”. Os mexicanos também lutam pelo título de quem faz o melhor Pan de Muerto, ou “Pão do Morto” - quitute que leva raspas de laranja, erva-doce e é enfeitado com caveiras. Outras receitas são caveiras de açúcar, usadas para decorar mesas, e doces de abóbora, mescal, frutas, tequila e sal.


Imagem do “Pan de Muertos”, citado anteriormente
Via Banderas News



Outro grande símbolo do Dia dos Mortos é a confecção dos altares. São mesas coloridas e adornadas com velas, alimentos e imagens. Eles servem para homenagear as almas já falecidas e devem incorporar também os elementos da natureza. 

Há imagens e papéis que se mexem com o vento, simbolizando a passagem dos mortos pelo lugar. A água fica à disposição dos mortos, com o objetivo de matar a sede. As frutas representam a terra e servem para matar a fome. Acredita-se que os defuntos percorrem um longo caminho até o mundo dos vivos. O fogo é exprimido pelas velas, uma dedicada a cada alma lembrada.

Desfile do Dia dos Mortos
Imagem via: BBC








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